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Comissão de Transporte e Mobilidade debate a situação do metrô

Em audiência pública na manhã desta quarta-feira (17), a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa debateu a s...

Em audiência pública na manhã desta quarta-feira (17), a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa debateu a situação do transporte metroviário do DF. Mediado pelo presidente do colegiado, deputado Max Maciel (PSOL), o encontro híbrido, transmitido ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube, com tradução simultânea em Libras, reuniu representantes de sindicatos, empresas de transporte, usuários e governo.

Segundo o deputado Fábio Felix (PSOL), o objetivo da colegiado é subsidiar a discussão acerca do tema, levantando exemplos sobre a qualidade desse meio de transporte, as possibilidades de investimento e ampliação, bem como sobre as metodologias aplicadas de gestão pública e seus resultados. Esses casos podem mostrar, de acordo com o distrital, “os caminhos que devemos seguir”, até mesmo para evitar erros que foram cometidos em outros momentos e situações, ao citar a reestatização de áreas essenciais que têm ocorrido na Europa, entre elas a de transporte sobre trilhos.

CLDF
Felix enfatizou a importância, na CMTU, da discussão estratégica sobre transporte público e o papel do Legislativo na cobrança do poder público em relação à mobilidade, voltada aos interesses da população.

“É inimaginável pensar o DF hoje sem o sistema metroviário”, considerou Max Maciel, ao relatar sua própria experiência como usuário. O distrital chamou a atenção também sobre a relação estratégica entre o desenvolvimento territorial e urbano e esse sistema, como, por exemplo, a escalada de crescimento em Samambaia e Águas Claras no corredor do metrô. Ele defendeu a expansão do sistema no DF, ao acrescentar que o objetivo desse sistema não é dar lucro, mas sim servir à população e otimizar a mobilidade urbana.

Investimentos

Criticou a falta de investimento no sistema o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetrô), Carlos Alberto Silva. Há cerca de três milhões de habitantes no DF, sendo que destes dois milhões têm carro, apontou Silva. Para que a população migre para o transporte público é necessário que esta opção seja eficiente e barata, opinou, ao frisar a diminuição de aportes destinados ao metrô, área que deveria ser prioridade para o governo.

Também defendeu a priorização ao transporte público nas políticas de governo a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, em participação virtual. Para a sindicalista, a área é um serviço estratégico, um direito social equivalente à saúde e à educação. Ela relatou os problemas ocorridos nos serviços do transporte sobre trilhos em São Paulo, como descarrilamentos e sucessivos atrasos, devido à falta de manutenção permanente e investimento, ao criticar a privatização do sistema e apoiar, em contrapartida, o direito ao transporte público de qualidade. De modo correlato, a presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Alda Lúcia Santos, argumentou a favor do transporte público e contra a privatização do setor, que leva ao sucateamento do serviço.

No âmbito do DF, o presidente da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), Handerson Cabral, esclareceu que a operação é pública. Ele anunciou que neste ano estão previstos cerca de R$ 600 milhões para o metrô e acrescentou que a política da companhia é ampliar os investimentos no sistema para garantir a manutenção regular e a segurança à comunidade do DF.

Sobre o processo de concessão do serviço, em análise no Tribunal de Contas do DF, Cabral disse que a locação dos espaços públicos do metrô nas estações aguarda apenas o habite-se. Ainda segundo o presidente, o que se espera, com a locação de lojas nas estações do metrô, é trazer o empreendedor e o anunciante privado a fim de gerar receita para a companhia. Cabral acrescentou que, para ampliar os serviços do metrô, é necessária a aquisição de novos trens, modernização do sistema de energia e obras de expansão.

Na avaliação do secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Flávio Oliveira, embora tenha havido uma redução numérica dos investimentos no metrô do DF nos últimos anos, ocorreu “uma ampliação qualitativa muito grande”, com a aquisição de equipamentos e treinamento de equipes, entre outros aspectos, que resultaram na melhoria dos serviços. A preocupação é com a qualidade e com o preço justo, salientou.

Participação social

Por sua vez, o promotor de justiça Dênio Augusto Moura apelou pela maior participação da sociedade na política de mobilidade. Diversos metroviários se manifestaram na audiência, como Tânia Viana, que reclamou das condições dos trens, como a falta de catracas, que acarretam filas, e também do descumprimento do plano de carreira dos empregados. Usuários do sistema também participaram, apresentado sugestões e críticas, a exemplo de Pedro Vaz, que sugeriu o uso do pix e a ampliação dos serviços para outras áreas e aos domingos.

Fonte: CLDF

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