A bicampeã olímpica dos 800m do atletismo, Caster Semenya, revelou uma medida extrema que tomou no início de sua carreira como atleta. Por s...
A bicampeã olímpica dos 800m do atletismo, Caster Semenya, revelou uma medida extrema que tomou no início de sua carreira como atleta. Por sofrer com um distúrbio que produz taxas de testosterona acima da média, a sul-africana precisou provar repetidas vezes que era mulher. Em uma entrevista ao HBO’s Real Sport, Semenya revelou que propôs mostrar sua vagina para provar seu gênero.
“Eles pensaram que eu tinha um pau, provavelmente. Eu disse a eles: ‘Está tudo bem. Eu sou mulher, não me importo. Se você quiser ver que eu sou uma mulher, eu vou te mostrar minha vagina. Tudo bem?’ “, contou a corredora.
O episódio ocorreu quando Caster Semenya tinha 18 anos. A proposta teria sido feita a um dos chefes da Confederação Internacional de Atletismo (World Athletics), responsável pelas principais provas da modalidade.
Aos 31 anos, a bicampeã contou que passou por testes de gênero ao longo de toda a carreira até ser diagnosticada com Hiperandrogenismo, que tem como característica a produção excessiva de hormônios masculinos no corpo de uma mulher. Para seguir as normas estabelecidas pela confederação, Semenya passou a tomar rémédios para abaixar os níveis de testosterona. Ela contou os efeitos colaterais que sentiu ao consumir a medicação.
“Isso me deixou doente, me fez ganhar peso, ataques de pânico, não sei se algum dia teria um ataque cardíaco. É como se esfaquear com uma faca todos os dias. Mas eu não tive escolha. Tinha 18 anos, queria correr, queria chegar às Olimpíadas, essa era a única opção para mim”, contou em entrevista.
Caster Semenya foi campeã nas Olimpíadas de Londres 2012 e na Rio 2016. Por alterações em 2018 nas regras da World Athletics, Semenya ficou de fora das Olimpíadas de Tóquio. Ela teria que tomar medicamentos para diminuir ainda mais seus níveis de hormônios masculinos.
Com informações do Metrópoles
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