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Devido crateras em estradas da Bahia brasilienses passam sufoco ao retornar para casa; veja vídeos

Foto vídeo reprodução Nossa reportagem conversou com duas moradoras do Distrito Federal que estão na Bahia. Uma delas deixou o DF no dia 19 ...

Foto vídeo reprodução

Nossa reportagem conversou com duas moradoras do Distrito Federal que estão na Bahia. Uma delas deixou o DF no dia 19 de dezembro e luta para voltar à capital, enquanto a outra saiu do Planalto Central em direção a Arraial d’Ajuda, no litoral baiano. Ambas relataram as dificuldades nas estradas, com crateras abertas pelas chuvas que inviabilizam a passagem de carros e árvores caídos pelas rodovias. Trechos da BA-349, na altura de São Félix do Coribe, e da BR-330, na saída de Jequié, não têm condições de trânsito, segundo relatos e fotos enviados à reportagem pelas mulheres.

A viagem iniciada em 19 de dezembro trouxe surpresas não tão agradáveis para a fotógrafa Amanda Barros, 26 anos. O comboio saiu do Distrito Federal em dois carros e ficou cerca de 8 dias em Barra Grande, na Ilha de Maraú, a pouco mais de 270 km de Salvador. O retorno ao DF, no entanto, esbarrou nos temporais que castigam a Bahia desde novembro, mas que se agravou nas proximidades do feriado de Natal.

“Saímos de Barra Grande no domingo em direção a Santa Maria da Vitória, mudando de rota várias vezes. As estradas estão muito ruins, continua chovendo muito. Em alguns lugares só dá para ver a copa das árvores, o resto está debaixo d’água. A nossa expectativa é chegar no DF amanhã, mas estamos levando um dia de cada vez”, comentou Barros.

A família chegou a parar em Ipiaú, distante 570 km ao sul de Salvador. Lá, encontraram uma hospedaria e passaram a noite de sábado (25/12) para domingo. A poucos quilômetros dali, em Jequié, as comportas de uma barragem foram abertas para dar vazão ao volume d’água, e a ação inundou a pequena cidade. “Foi bem assustador. Acordamos com a cidade inundada, as pessoas tirando carro às pressas, pegando os pertences. Horrível”, relata.

A conversa com a reportagem ocorreu numa parada para almoço nas proximidades de Brumado, a poucas horas de viagem da divisa com Minas Gerais. “Ainda está chovendo muito. Dá medo de a gente parar e a água subir de novo, levar tudo. Nosso pneu já furou, tivemos que remendar e depois trocar. Não tem auxílio de nada. Uma parte da estrada desabou e os próprios moradores quebraram o asfalto e botaram areia para liberar”, diz.

De cá para lá

Sem se identificar, uma jornalista brasiliense comentou à reportagem que deixou Brasília em direção a Arraial d’Ajuda, no litoral Sul. “Passamos por uma cratera [em São Félix do Coribe], não tinha ninguém lá, nenhuma autoridade, nada. Depois que a gente passou, um carro do mesmo comboio que estamos mandou mensagem dizendo que não dava mais para passar, que tinha interditado”, conta.

“Para ir pela mesma rota que a gente está, tem que dar a volta, por outro caminho, que obviamente é mais longo. Na hora que eu passei não estava chovendo, mas ainda é resquício da chuva anterior”, relata a mulher. Segundo ela, não houve acidentes nos trechos esburacados, mas muitas árvores tombaram por cima da pista, atrapalhando a passagem dos veículos.

Estragos

Os temporais na Bahia já ceifaram 18 vidas no estado e deixaram 19 mil pessoas desalojadas. Moradores relatam que em 60 municípios há gente que teve de deixar a própria casa. Os governadores de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe enviaram equipes de resgate para auxiliar as autoridades baianas.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há novas chances de pancadas de chuva e trovoadas tanto em Salvador, quanto no interior baiano. De acordo com órgão, sol apenas na quarta (29/12). Em 72 cidades foi decretado o estado de emergência. Serviços de saúde, energia elétrica e captação de água foram interrompidos pela força dos temporais.






Com informações do Metrópoles

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