Pacheco cita Constituição e nega a Lira sessão do Congresso sobre MPs. Rodrigo Pacheco respondeu o ofício encaminhado a Lira na última sex...
Pacheco cita Constituição e nega a Lira sessão do Congresso sobre MPs.
Rodrigo Pacheco
respondeu o ofício encaminhado a Lira na última sexta-feira (24/3) sobre a
volta das comissões mistas para analisar MPs.
![]() |
Igo Estrela/Metrópoles |
O presidente do
Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu nesta sexta-feira (31/3) o
ofício encaminhado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que cobrou
do senador “coerência” na discussão sobre medidas provisórias (MPs) e pediu uma
sessão do Congresso Nacional para discutir o impasse entre as duas Casas sobre
o rito de tramitação.
Pacheco afirmou
que é uma “ordem” cumprir a regra, ou seja, instalar as comissões mistas para
apreciarem as MPs enviadas pelo Executivo e que isso está previsto na
Constituição. Segundo ele, um ato da Mesa Diretora do Senado também ocasionaria
no retorno do colegiado composto por deputados e senadores.
“Reitero que a
observância do rito constitucional das medidas provisórias é ordem cuja
imposição deve se dar de ofício por esta presidência, pelo que seria
dispensável provocação por questão de ordem, como o é a realização de sessão
conjunta para tal finalidade”, escreveu o presidente do Senado.
Na última sexta-feira
(23/3), Lira encaminhou um ofício ao senador solicitando uma sessão do
Congresso. O pedido aconteceu depois de Rodrigo Pacheco tê-lo contrariado
determinando a retomada das comissões mistas para apreciação de medidas
provisórias. O ato assinado pelo presidente do Senado e do Congresso Nacional
atendeu a questão de ordem do senador Renan Calheiros (MDB-AL), e foi publicado
horas após o presidente da Câmara afirmar que o Senado quer “protagonismo” na
discussão sobre o tema.
No ofício, Lira
ressalta que, ao acatar a questão de ordem de Calheiros e suspender a medida,
Pacheco “tolheu o direito de deputados e deputadas de contraditar a questão e
recorrer da decisão”.
Desde 2020, devido
a pandemia de Covid-19, as MPs deixaram de passar por análise das comissões
mistas, conforme prevê a Constituição Federal, e passaram a ser votadas
diretamente pela Câmara dos Deputados. Em seguida, as matérias eram apreciadas
pelo plenário do Senado. O modelo foi revogado por Pacheco.
Lira, contrário à
decisão, ainda tenta reverter a situação e alterar o modelo das comissões, que
atualmente contam com 12 deputados e 12 senadores. Os deputados avaliam ser
“desigual” por não levar em consideração a proporcionalidade de cada uma das
Casas. Enquanto o Senado reúne 81 parlamentares, a Câmara tem 513.
Fonte: Sandy Mendes/Metrópoles
Nenhum comentário