A perícia realizada em Cauã da Silva dos Santos, de 17 anos, mostra que o adolescente agonizou por até 10 minutos após ser baleado no peito ...
A perícia realizada em Cauã da Silva dos Santos, de 17 anos, mostra que o adolescente agonizou por até 10 minutos após ser baleado no peito por um tiro de fuzil, segundo o G1.
Lutador de jiu-jitsu e de luta livre em um projeto social, Cauã trabalhava em um ferro-velho na comunidade do Dourado, em Cordovil, zona norte do Rio, onde morava com a família.
Ele foi baleado ao deixar uma festinha para crianças organizada por um projeto social que fazia parte.
O adolescente foi baleado por um único tiro. Ele demorou de 5 a 10 minutos para morrer, segundo sinalizou a perícia.
A família aponta policiais militares como os responsáveis pelo crime.
Cauã morreu de anemia, pelo tempo que ficou sangrando, de acordo com a análise da perícia descrita pelo G1.
Fragmento atingiu coração
O fragmento do projétil foi encontrado solto entre o pulmão e a caixa toráxica, na cavidade pleural esquerda, altura da costela. Segundo a perícia realizada pela Polícia Civil, a bala pode ter sido ricocheteada.
“O fragmento bateu no adolescente, ficou preso no coração e devido à gravidade, soltou e caiu na parede da caixa toráxica. O projétil estava solto, não chegou a ficar preso”, disse uma perita ao Metrópoles, que prefere não ser identificada.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. Em nota, informaram que testemunhas serão ouvidas e diligências estão sendo realizadas para esclarecer todos os fatos.
A Polícia Militar informou que não havia operação policial na região. Afirmou ainda os agentes envolvidos na morte de Cauã da Silva foram afastados das ruas e tiveram suas armas recolhidas. Eles foram ouvidos pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM).
Família acusa PM
O adolescente não tinha qualquer envolvimento com o crime organizado da região, segundo a família. Ele era lutador há três anos e iria disputar seu primeiro campeonato mundial no próximo domingo. Segundo o treinador de Cauã, ele seria uma revelação no esporte.
Cauã estava retornando para casa com colegas e crianças menores, quando, segundo a família, foi atingido por militares que chegaram atirando. Em seguida, o corpo foi jogado em um valão.
Foram moradores e parentes que retiraram o corpo de Cauã. Ele chegou a ser levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas já chegou morto ao local.
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