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'Não temos nem um colchão para dormir', diz mulher que perdeu tudo em desabamento de prédio no DF

Parte de edifício de 4 andares veio ao chão nesta quinta-feira (6), em Taguatinga; testemunhas filmaram acidente. Segundo Corpo de Bombeiros...

Parte de edifício de 4 andares veio ao chão nesta quinta-feira (6), em Taguatinga; testemunhas filmaram acidente. Segundo Corpo de Bombeiros, não há informações de feridos.

Reprodução/TV Globo


Famílias que viviam no prédio de 4 andares que desabou na tarde desta quinta-feira (6), em Taguatinga, no Distrito Federal, ainda tentam calcular o prejuízo. Algumas perderam tudo, como a manicure Cristiane Nascimento, que morava no segundo andar com os quatros filhos, e saiu de casa só com os documentos.


"Meu coração 'tá' despedaçado, porque tudo que nós tínhamos de bens materiais estavam lá. Nós não temos nada, nós não temos mais nada, nem um colchão para dormir. E as pessoas falam assim: Ah, pensa pelo lado bom, não morreu ninguém. Morreu sim, gente. Morreu sim. Morreu a esperança da gente", lamenta.


Parte do edifício, na QS AE 20, veio ao chão às 14h. Testemunhas flagraram o momento. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 11h, após moradores ouvirem estalos nas edificações. Segundo a corporação, os militares evacuaram o prédio em cerca de 20 minutos.


Não há informações sobre feridos. Ao todo, o prédio tinha 24 apartamentos. A empregada doméstica Leide Sousa estava no trabalho, em Águas Claras, quando recebeu a ligação sobre o problema. Os três filhos dela estavam em casa e saíram apenas com a roupa do corpo.


"A gente batalhou tanto para comprar. Eu sou empregada doméstica, a gente só ganha um salário [mínimo] e meio, entendeu? A gente trabalha tanto, demora tanto para comprar. De repente você sai para trabalhar e quando volta não tem nada, acabou", diz.


Prédio irregular

Segundo a Administração Regional de Taguatinga "não consta nos arquivos da pasta nenhum processo referente ao endereço desta edificação" e, portanto, o "prédio encontra-se irregular".


De acordo com a administração, ninguém nunca deu entrada a um pedido de alvará de construção e Habite-se. A Central de Aprovação de Projetos (CAP) também não localizou nenhum processo referente a solicitação de licenciamento para a obra.


A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros isolaram a rua do prédio e todos os moradores da rua precisaram sair. A energia foi cortada e, segundo a Defesa Civil, o prédio corre o risco de cair por inteiro. Até a noite desta quinta, três pavimentos seguiam em pé.


No fim da tarde, funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Social começaram a fazer o cadastro das famílias que ficaram desabrigadas. Elas foram encaminhadas a hotéis, abrigos ou para casa de parentes.


Fonte: g1

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