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Fila dobra quarteirões para doações de ossinhos em açougue de MT

Antes do Natal, cresce a procura por doações de ossinhos e fila em açougue de MT dobra quarteirões Fila tinha mais de 400 pessoas durante a ...

Antes do Natal, cresce a procura por doações de ossinhos e fila em açougue de MT dobra quarteirões



Fila tinha mais de 400 pessoas durante a manhã desta quinta-feira. Aumento foi de 64% em uma semana. Além dos ossinhos, foram distribuídas cestas básicas doadas por instituições sociais.


Às vésperas do Natal, a fila de famílias esperando doações de ossinhos em um açougue no Bairro CPA 2, em Cuiabá, cresceu mais de 60%. Algumas pessoas chegaram na tarde do dia anterior e outras durante a madrugada. Eram tantas pessoas à espera, nesta quinta-feira (23), que a fila se estendia por cerca de cinco quarteirões.


A fila começou a ter repercussão em julho deste ano, aliado ao crescimento do desemprego. Desde então, o número de interessados só aumentou. E, na última segunda-feira (20), a Secretaria de Assistência Social do município fez um levantamento, apontando que havia 160 famílias que dependiam dessa doação e passaram a ser monitoradas pelas instituições de assistência social.


Mas, nesta quinta, a equipe do açougue que trabalha na organização dos beneficiados distribuiu 402 senhas, ou seja, o número de pessoas que compareceram no local hoje foi mais de 60% maior que o que buscou doação no início da semana.


É que, além dos ossinhos doados pelo açougue, foram entregues cestas básicas.


Entre os interessados estavam mulheres, idosas, negras, com crianças menores ou com bebês de colo. Uma mãe amamentou o filho enquanto esperava a doação. Até cachorros também circulavam pela rua, seguindo os donos.


Durante a ação, um idoso chegou em uma charrete. Ele amarrou o cavalo em uma rua lateral, e seguiu para a fila.


Cada pessoa recebeu três cestas básicas. O kit completo, contendo alimentos básicos, produtos de limpeza, marmitex e um saco com ossinhos.


A organizadora das doações do açougue, Samara Rodrigues de Oliveira, 38 anos, contou ao g1 que a fila é uma demonstração da falta políticas públicas sociais a fim de diminuir o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social.


“As pessoas não têm instrução, alguns não sabem nem ler a senha que entregamos. Como ela vai buscar acesso ao benefício social? Eles (o governo) é quem têm que virem aqui. O estado tem condição de ir na casa das pessoas. Aqui é uma ponte. É pegando da raiz do problema que a gente diminui essa fila. Não é só fome”, afirmou.


As primeiras pessoas da fila eram duas cadeirantes.


As doações começaram a ser distribuídas por volta de 9h.


Com informações de g1

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