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Bolsonaro diz que 'não existe' opção da BA receber ajuda humanitária da Argentina

Informação foi divulgada nesta quinta-feira (30), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Foto aérea mostra uma pessoa caminhando...

Informação foi divulgada nesta quinta-feira (30), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

Foto aérea mostra uma pessoa caminhando em uma rua inundada após fortes chuvas em Itajuipe, no sul da Bahia, nesta segunda (27) — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Após o governador da Bahia, Rui Costa, dizer que aceitará a ajuda humanitária da Argentina, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que "não existe" a opção do estado receber o apoio que foi recusado pelo governo federal. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (30), através de uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

"O ministro [das Relações Exteriores, Carlos Alberto] França estava ligando para mim. Ele acabou de falar com o chanceler da Argentina, e ele garantiu que qualquer ajuda será prestada via governo federal", disse.

Bolsonaro garantiu que toda ajuda é bem-vinda, no entanto, questionou o apoio oferecido pela Argentina.

"Toda ajuda é bem-vinda, jamais abriremos mão de ajuda, mas que ajuda é essa? A ajuda foi o oferecimento de dez homens conhecidos como Capacetes Brancos. Quais ações eles fariam? Almoxarife, separar material, donativos, ajudar a distribuir água e alimentos. Basicamente isso daí. Ter um local específico para colocar 10 pessoas fica caro para a gente. E temos gente suficiente".

O presidente negou que a recusa teria sido motivada por ideologia política e afirmou estar aberto a receber outros tipos de donativos, como os que foram oferecidos pelo Japão.

"Nós fomos educados, mas seria um grupo que daria trabalho para a gente, porque temos que tratar com todo carinho. Agradeço ao governo da Argentina, mas pelas informações que tive, as águas começam a baixar na Bahia".

Relembre o caso
De acordo com o governo estadual, a Argentina ofereceu envio imediato de dez profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores recusou o apoio.

O g1 teve acesso com exclusividade ao documento do Ministério das Relações Exteriores que foi enviado à embaixada da Argentina que dispensa a ajuda oferecida. Em um trecho do documento, o governo federal afirma que os recursos pessoal e financeiro são suficientes, com reserva de R$ 200 milhões para enfrentar a emergência.


Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro comentou a negativa. "O fraterno oferecimento argentino, porém muito caro para o Brasil, ocorre quando as Forças Armadas, em coordenação com a Defesa Civil, já estavam prestando aquele tipo de assistência à população afetada, inclusive com o apoio de 3 helicópteros da Marinha e Exército".

Segundo Bolsonaro, o auxílio da Argentina não é necessário no momento em que mais de 643 mil pessoas são afetadas pelas chuvas na Bahia, e 91.806 estão desabrigadas ou desalojadas. Ao todo, 151 cidades baianas estão em situação de emergência.

"A avaliação foi de que a ajuda argentina não seria necessária naquele momento, mas poderá ser acionada oportunamente, em caso de agravamento das condições. A resposta do Ministério das Relações Exteriores à Embaixada Argentina é clara a esse respeito".


Chuvas na Bahia
Ao todo, 25 pessoas morreram em decorrência das fortes chuva na Bahia. De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), 91.806 pessoas desabrigadas ou desalojadas e 643.068 pessoas foram afetadas pela chuva. O número de feridos aumentou de 434 pessoas para 517. Nesta quinta, 151 cidades estão sob decreto de situação de emergência.

Segundo o governo do estado, a Bahia registrou o maior acumulado de chuvas para dezembro nos últimos 32 anos.

Itamaraju, no sul do estado, foi o município onde mais choveu no Brasil em dezembro deste ano, com 769,8mm de chuva, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Com informações de g1

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