A temporada 2021 da Série A1 do Brasileirão Feminino está marcada na história de Brasília. Foi a primeira vez que dois times da capital es...
A temporada 2021 da Série A1 do Brasileirão Feminino está marcada na história de Brasília. Foi a primeira vez que dois times da capital estiveram na elite do futebol nacional. Minas e Real, no entanto, terminaram o campeonato com sentimentos muito diferentes. Enquanto o primeiro acabou rebaixado à Série A2, o outro, recém-promovido, manteve o lugar na primeira divisão.
As Minas sonharam mais alto nesse ano. Talvez, por isso, a frustração seja maior. O clube, fundado em 2012, estava entre os melhores do país desde 2019. Nessa terceira participação, trouxe jogadoras de equipes como Santos, Palmeiras e Ferroviária-SP. Investiu pesado, mas o time não engrenou. O clube somou apenas 11 pontos e jogará a segunda divisão no próximo ano.
? A gente montou um elenco para brigar no G-8. A classificação era o nosso maior objetivo. Outros times também investiram alto, foi o Brasileirão mais forte dos últimos tempos e, infelizmente, pecamos em alguns jogos que não podíamos perder pontos. Jogamos bem em muitas oportunidades, mas futebol não é uma conta exata. Agora, precisamos ter resiliência, trabalhar e colocar o Minas Brasília no lugar que merece estar - analisou Nayeri Albuquerque, presidente do clube.
No início da temporada, o Minas apostou no treinador Antônio Carlos Bona, que venceu o Campeonato Brasiliense Sub-20 do ano passado pelo Planaltina. O comandante, no entanto, venceu apenas uma partida das 11 em que esteve à frente da equipe. Ele deu lugar a Davih Rodrigues, antes analista de desempenho do time. Nas quatro rodadas que teve para manter o clube na elite, foram duas derrotas, uma vitória e um empate. Números que sacramentaram a queda.
No futebol, nem tudo sai como o planejado. E ele também não nos dá tempo para remoer demais. É muito triste, mas em breve teremos o Campeonato Candango e precisamos nos organizar para buscarmos este troféu que não vem há dois anos. Além disso, o resto do ano servirá para planejarmos a reformulação e chegarmos à A2 em condições de brigar pela volta à elite - avaliou Davih.
Já o Real Brasília tem motivos para comemorar. O clube conseguiu o acesso no último ano e, dos quatro times que subiram, foi a único a permanecer na Série A1. As Leoas do Planalto terminaram na 10ª posição, após somarem 18 pontos, posição que garante participação na Supercopa do Brasil; novidade no calendário feminino do próximo ano. Segurar um lugar entre os melhores times do país era a meta principal de Adilson Galdino, experiente treinador no futebol feminino, que assumiu o clube no início de 2021.
? Temos a certeza que fizemos um bom trabalho em 2021 no Brasileirão mesmo sendo o caçula da competição. Mesmo sendo a primeira vez. Além da permanência, o trabalho foi coroado com a conquista da vaga na Supercopa do Brasil em janeiro de 2022. Lá teremos mais uma competição no calendário nacional, o que para o Real é fantástico - comentou Galdino.
Apesar da permanência, o ano poderia ter sido ainda melhor. O clube se manteve entre os oito primeiros colocados até a 9ª rodada. A posição garantiria vaga na segunda fase do Brasileirão, mas acabou escapando após sofrer com lesões e passar por um jejum de vitórias de nove jogos. O clube terminou a primeira fase a três pontos do Avaí/Kindermann-SC, que fechou a zona de classificação.
Este ano o campeonato foi muito disputado. Muita briga rodada a rodada. Restando apenas duas rodadas, o Real tinha chances reais de classificação. Pudemos observar o quanto o nosso Brasileiro é competitivo. Buscamos a classificação até a reta final da primeira fase, não veio, mas nos credenciou com uma das equipes em destaque na competição - lembrou o treinador.
Agora, ambas equipes voltam as atenções para o Candangão Feminino, competição que encerra o calendário 2021. A rivalidade entre Minas e Real vem crescendo a cada ano e as Leoas levaram a melhor nos dois últimos anos. O campeonato ainda não tem datas definidas.
Com informações do GE/DF
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